Foto: Reptodução/Arquivo pessoal
Andreza Ferreira, de 40 anos, iniciou ao lado de seu marido, Fábio Alberto, de 46 anos, o processo de habilitação para adoção em agosto de 2020. Hoje, as irmãs Maria Gabriela, de 13 anos, Maria Larissa, de 11 anos, e Rayane Sofia, de 8 anos, são as filhas do casal, que teve a vida transformada pelo ato de amor. Neste domingo, 25 de maio, foi celebrado o Dia Nacional da Adoção.
“O amor muda vidas. Mudou a minha e mudou a delas. A questão biológica não determina isso. […] Sou muito orgulhosa de ser mãe por adoção”, diz Andreza.
Andreza, que mora em João Pessoa, e é servidora pública da Paraíba, relata que após entrarem com o processo de adoção, ela e o marido receberam uma ligação contando sobre o perfil das três irmãs. Andreza lembra da emoção que sentiu no momento em que o telefone tocou.
“Quando a gente recebe a ligação, já é como se fosse um positivo para a gente”, disse ela, fazendo uma analogia ao positivo da gestação biológica, que é o momento em que cai a ficha sobre ser mãe.
Após a ligação, ela e o marido resolveram dirigir durante 6h para conhecer o trio de irmãs, que vinham de uma cidade no interior de Alagoas. Depois, continuaram conversando por videochamadas. Os primeiros contatos começaram com timidez por parte das meninas, mas logo evoluíram para um laço de profundo afeto.
“Quando a gente fez a primeira aproximação, as menores já se apegaram […] A gente deixou elas chorando e saímos também emocionados”, conta a servidora pública.
O momento em que a adoção foi concluída e Andreza e o marido souberam que levariam as meninas para casa foi de pura felicidade. De acordo com ela, foram quase dois anos entre a guarda provisória e definitiva.
“Depois [de dois anos] é que a gente teve a guarda, mas assim, é uma emoção. A gente preparou o quarto delas, recebemos doações de brinquedos, de roupa, assim, todos os meus amigos se envolveram, trazendo presentes, foi uma emoção que eu não esperava, sabe?”, relembra.
A servidora pública explica que a adaptação das meninas depois de serem adotadas não foi imediata. Andreza conta que aos poucos, com a convivência, a rotina de ir e vir da escola, com o cuidado e a presença constante dela e do marido, a relação deles como uma família desabrochou.
“Eu até brinco com elas, digo que elas são trigêmeas, porque pra mim elas vão fazer 4 anos, né? Tem as idades diferentes, mas chegaram pra mim juntas. A gente tem construído essa nossa caminhada enquanto família, e eu não costumo romantizar, a parentalidade não é fácil, é um processo dinâmico.”
Para aqueles que pensam em adotar, Andreza aconselha a participar de grupos de apoio à adoção, ver depoimentos de quem já adotou, ler sobre o desenvolvimento infantil e maturar a ideia de adotar até não ter dúvidas de que quer fazer isso, além de procurar acompanhamento psicológico tanto antes quando depois de adotar.
“A gente lida com crianças que vivem histórias muito difíceis, que vêm do abandono. […] Você tem que estar muito certo [da adoção], porque você não pode voltar atrás, porque alguma família já desistiu daquela criança, então você é uma esperança dela de ter uma família”, diz Andreza.
g1/PB
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