Falhas nos sistemas do INSS somam mais de 2 meses fora do ar desde 2023 e dificultam redução da fila de pedidos
Entre janeiro de 2023 e meados de abril deste ano, foram registradas 164 interrupções nos diferentes sistemas do órgão público ligado ao Ministério da Previdência Social, que é responsável pelo pagamento de aposentadorias, pensões e outros benefícios a trabalhadores e segurados. Essas falhas somaram dois meses, 13 dias, 13 horas e 36 minutos de sistemas fora do ar em pouco mais de um ano.
As quedas nos sistemas prejudicaram a análise de 3,4 milhões de processos de um total de 25,4 milhões concluídos nesse período — ou seja, 13,4% dos processos analisados pelo INSS foram afetados por falhas nos sistemas: não puderam ser processados no momento da pane e tiveram seu desfecho protelado.
Isso porque, com os sistemas fora do ar, os servidores não conseguem dar andamento na análise dos pedidos de benefícios, agravando a já enorme fila do INSS, que o governo vem tentando reduzir. Os dados do instituto foram obtidos pelo GLOBO por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
A maior parte dos sistemas utilizados pelo INSS é desenvolvido e administrado pela estatal federal Dataprev. As falhas estão disseminadas entre os diferentes sistemas utilizados pelo órgão para analisar pedidos e conceder benefícios. A duração média de cada pane registrada pelo INSS em quase 16 meses foi de 10 horas e 53 minutos.
Informações: O Globo
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