Se Faustão viesse para o RN, poderia ser o 1º da fila, diz médica potiguar do Hospital Rio Grande
Internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratamento de uma insuficiência cardíaca, o apresentador Fausto Silva, de 73 anos, poderia ser o primeiro da fila para receber um transplante de coração caso se mudasse para o Rio Grande do Norte. A avaliação é da médica Lorena Marques, que é coordenadora do setor de transplantes do Hospital Rio Grande – a única unidade habilitada a fazer transplante de coração no Estado.
Em entrevista à 98 FM nesta quarta-feira (23), Lorena Marques explicou que a fila de transplantes de coração, apesar de ser controlada pelo Ministério da Saúde, é regionalizada, porque o órgão não pode ficar mais de 6 horas fora do corpo.
A médica registra que, desde que os transplantes de coração foram retomados no RN, em 2022, todas as doações foram provenientes de pacientes que morreram no Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró. Os órgãos foram transferidos para Natal. Do ano passado para cá, foram 5 pacientes transplantados – todas as cirurgias ocorreram com sucesso e as pessoas estão bem.
No RN, atualmente há apenas 1 pessoa na fila de espera por transplante. Por questões de sigilo médico, o perfil do paciente não pode ser divulgado. Mas a médica explica que a fila não é apenas cronológica. Pacientes com insuficiência cardíaca que estão sob medicação ou com suporte mecânico de circulação, caso de Faustão, têm prioridade sobre os demais.
“(A fila) tem que ser estadual. A gente tem um limite de tempo da doação. O receptor tem que estar próximo, porque a gente tem uma janela de 4 a 6 horas entre retirar o coração do doador e implantar no receptor. Se eu estou muito longe de onde vai ser o transplante, não posso ficar naquela fila”, destacou a médica.
Atualmente, o apresentador está na fila de transplante de São Paulo, que tem 180 pessoas. Entre janeiro e julho deste ano, foram realizados 75 transplantes do tipo no estado paulista.
Lorena Marques destaca que Faustão teria prioridade no Rio Grande do Norte porque, além da insuficiência cardíaca grave, ele está fazendo hemodiálise, usa medicamentos e está em ambiente hospitalar.
“Se ele viesse morar aqui, sim (poderia integrar a fila do RN). Ele tendo prioridade, talvez até o primeiro”, enfatizou a médica.
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