Criança perde fala e movimentos após ser picada por escorpião
Após dois meses internado, o menino Raimundo Neto, de apenas 3 anos, recebeu alta médica do Hospital São Vicente de Paulo, em Barbalha (CE). O pequeno foi picado por um escorpião no fim de fevereiro e ficou com sequelas: ele não anda, não consegue enxergar e está com dificuldades na fala.
De acordo com a mãe do menino, a professora Nageane de Souza, houve uma demora e uma falta de preocupação dos profissionais da unidade de saúde em fornecerem o soro contra o veneno do escorpião. O menino teve um edema agudo no pulmão com sangue, além de quatro paradas cardíacas.
“Não foi ofertado de imediato o soro para o meu filho porque nessas questões de picadas de insetos de bichos peçonhentos tem que ofertar o soro. E durante a tarde não foi ofertado. Eu não fui orientada a levar meu filho a outro hospital, a outra unidade para dar o soro. Deram o soro ao meu filho quando ele estava na UTI entre a vida e a morte. Tenho esse questionamento. Será que eles tivessem dado o soro ao meu filho tinha evitado todas essas complicações?”, disse ela ao portal G1.
O hospital preferiu não se pronunciar sobre o caso. Já a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que a distribuição do soro está regular e que o produto é distribuído a 21 hospitais de referência da região de acordo com as solicitações das áreas. A pasta lembrou ainda que o Hospital Regional do Cariri é referência para o atendimento para pacientes que sofreram picadas de escorpião em Barbalha e outros cinco municípios da região.
Esperança
Segundo Nageane, a família busca ajuda para realizar o tratamento do menino. De acordo com ela, o objetivo é alcançar profissionais especializados em problemas neurológicos. Ela já conseguiu uma consulta com uma neuro-oftalmologista, por meio de uma amiga, e se disse bastante grata.
Após a alta, a criança precisa de atendimento domiciliar, o que foi assegurado pela Secretaria de Saúde do município, que informou a assistência à Raimundo Neto.
“Eu estou super esperançosa. Sou grata a Deus por ele estar aqui comigo. Mas por outro lado, sinto falta das coisinhas que ele tinha. Sinto falta dele chamando meu nome, de ver ele correndo, andando na bicicletinha dele”, disse a mulher.
Com informações do Metrópoles.Monte
Comentários
Postar um comentário