PRÓXIMO PRESIDENTE DO TSE, BARROSO ADMITE ADIAR ELEIÇÕES PARA DEZEMBRO, MAS DIZ QUE PALAVRA FINAL É DO CONGRESSO
Próximo
de assumir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto
Barrroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse considerar prematuro o
debate sobre cancelar a eleição municipal por causa da crise do coronavírus,
mas admite a possibilidade de um adiamento de outubro para, no máximo,
dezembro. Em nota, Barroso afirmou ser contrário a deixar a escolha de novos
prefeitos e vereadores para 2022, mas ressaltou que a palavra final deve ser
dada pelo Congresso, a quem caberia a aprovação de uma emenda à Constituição.
“Na
hipótese de adiamento, ele deve ser pelo período necessário para que as
eleições possam se realizar com segurança para a população, talvez dezembro”,
disse na nota.
Barroso assumirá
a presidência do TSE em maio. Portanto, será o responsável pela realização das
disputas eleitorais em todo o País neste ano. Ele deixará a função em fevereiro
de 2022.
“Como
já afirmei anteriormente, a saúde da população é o bem maior a ser preservado.
Mas nós estamos em abril. As convenções partidárias para escolha dos candidatos
são em agosto. A campanha começa na segunda metade de agosto. As eleições são
em outubro”, disse Barroso. “O debate ainda é precoce porque não há
certeza de como a contaminação vai evoluir”.
A
posição do ministro havia sido antecipada pelo Estado em meados de março. A
pressão para que as corridas municipais sejam adiadas ganhou força após o
ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sugerir uma alteração no
calendário para que disputas políticas não prejudiquem o combate ao avanço do
novo coronavírus.
O tema
divide opiniões e não há clareza sobre como ficariam as gestões locais com um
adiamento. A proposta de Mandetta era a de esticar os mandatos dos
atuais prefeitos e vereadores.
Fonte:
justicapotiguar.com.br
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