Em tom agressivo, Bonner e Renata erram feio com Ciro Gomes no JN
Começou na noite desta segunda-feira (27), a rodada de entrevistas do
Jornal Nacional com os candidatos à Presidência do Brasil. Entretanto, os
âncoras do jornalístico de maior popularidade e repercussão da televisão
brasileira, William Bonner e Renata Vasconcellos, erraram feio no tom adotado
com o primeiro entrevistado, Ciro Gomes do PDT.
O
tom nitidamente agressivo dos âncoras não é coerente com o padrão do próprio
jornalismo da Globo, tão pautado pela formalidade. Pelo contrário, esse tom
volta-se mais aos programas cujo foco está no sensacionalismo e na apelação.
Notou-se que a preocupação maior estava em falar de pessoas e não do programa
de governo do candidato, o que denota perspectiva equivocada e não interessante
aos eleitores.
Além
disso, ressalta-se o fato de os apresentadores da atração global terem
interrompido a fala do candidato/entrevistado em vários momentos. Inclusive, o
próprio candidato Ciro Gomes teve de pedir “um minutinho” para Renata e Bonner
para poder desenvolver suas ideias ou então para conseguir responder as
perguntas de ambos. Francamente, trata-se de uma estratégia bem duvidosa por
parte de um telejornal tão conceituado.
Ainda
passarão pela bancada do Jornal Nacional, Jair Bolsonaro (PSL), na terça;
Geraldo Alckmin (PSDB), na quarta; e Marina Silva (Rede), na quinta. A ordem
foi definida em sorteio juntamente com assessores dos presidenciáveis. Em
virtude de a entrevista com Ciro Gomes ter registrado 27 minutos, os demais
terão o mesmo período de tempo.
Nesse
contexto, já que a postura adotada pelo Jornal Nacional foi essa, que seja
seguida com os demais candidatos para se respeitar a “imparcialidade”. Todavia,
torna-se necessária uma reflexão apurada para as próximas eleições. Obviamente
é dever do Jornalismo tocar em pontos cruciais de cada candidato, mas é preciso
saber fazer isso, para não pecar pela postura equivocada
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