PMDB rompe com governo nesta terça-feira, e PT declara guerra a Temer


BRASÍLIA - Às vésperas do rompimento do PMDB, marcado para esta terça-feira, o governo sofreu nesta segunda dois novos golpes que revelam o agravamento da crise política: o ministro Gilberto Kassab (Cidades) admitiu publicamente ter liberado a bancada do PSD para votar livremente sobre o impeachment; e o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, entregou no fim da tarde sua carta de demissão, justamente quando o Planalto fazia esforço para manter a fidelidade dos sete ministros peemedebistas em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff.

Com 31 deputados, o PSD começou a dar os primeiros passos concretos para se afastar do PT e da presidente às voltas com um impeachment. Esse movimento envolveu ações costuradas em Brasília e São Paulo, que ganharam corpo nos últimos dias. Em São Paulo, onde ontem à noite participou de um evento na Assembleia Legislativa, Kassab admitiu que cada um dos deputados de sua bancada votará como quiser e, por isso, negou a existência de um racha na legenda quando indagado qual seria a voz majoritária dentro do partido, se a favor ou contra o governo.

— Não existe racha. Em partido que libera não existe racha. O PSD é um partido unido em cima de propostas claras para o país. Em algumas circunstâncias entende que, até pela razão de ser partido novo, precisa da liberação (da bancada) para que cada um tenha o conforto de votar de acordo com a sua história — disse Kassab.



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