Indonésia vai executar seis condenados, incluindo brasileiro
As autoridades indonésias
planejam executar no domingo seis prisioneiros condenados por delitos
relacionados com drogas, incluindo um brasileiro, informou o governo.
As execuções foram anunciadas
pelo gabinete do Procurador-Geral do país. Será a primeira vez que a pena
capital será aplicada sob a presidência de Joko Widodo.
De acordo com a Agência Brasil,
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff
enviaram cartas ao governo da Indonésia pedindo a reversão da sentença do
brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, mas não obtiveram sucesso.
O brasileiro trabalhava como
instrutor de voo livre e foi preso em agosto de 2003 após tentar entrar na
Indonésia pelo aeroporto de Jacarta com 13,4 quilos de cocaína escondidos em
uma asa delta desmontada, segundo a agência.
O presidente Widodo, que
assumiu o cargo no final de outubro, sancionou as execuções no mês passado. Ele
prometeu não ter nenhuma piedade para com infratores da legislação antidrogas,
apesar dos apelos da União Europeia, do governo brasileiro e da Anistia
Internacional.
Além do brasileiro, outros
quatro estrangeiros da Nigéria, Malaui, Vietnã e Holanda também serão
executados.
"O novo governo da
Indonésia assumiu o cargo com a promessa de melhorar o respeito pelos direitos
humanos, mas a realização dessas execuções seria um retrocesso", disse
Rupert Abbott, diretor de pesquisa para a Anistia Internacional no Sudeste
Asiático.
A chefe da política externa da
União Europeia, Federica Mogherini, disse que as execuções planejadas são
"profundamente lamentáveis" e exortou a Indonésia a estabelecer uma
moratória para a pena de morte.
A Indonésia retomou as
execuções em 2013 depois de um intervalo de cinco anos sem aplicá-la.
Widodo assumiu uma linha-dura
na implementação das leis, não só contra as drogas, mas também contra a
corrupção e a defesa de direitos marítimos.
Em seus primeiros meses no
cargo, ele ordenou que as embarcações ilegais de pesca sejam explodidas pela
Marinha e apoiou a iniciativa sem precedentes de demitir toda a diretoria da
gigante de energia Pertamina.
Fonte:
Reuters Brasil
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