O diretor técnico da Agência Reguladora de Natal (Arsban), Victor Diógenes, foi exonerado do cargo por assédio eleitoral, depois que um áudio no qual ele aparece cobrando votos de funcionários terceirizados e comissionados para Paulinho Freire (União) foi entregue ao Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Norte (MPT-RN).

 


O diretor técnico da Agência Reguladora de Natal (Arsban), Victor Diógenes, foi exonerado do cargo por assédio eleitoral, depois que um áudio no qual ele aparece cobrando votos de funcionários terceirizados e comissionados para Paulinho Freire (União) foi entregue ao Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Norte (MPT-RN).

A informação foi confirmada pela Agência SAIBA MAIS junto ao MPT. No áudio, o agora ex-diretor da Arsban cobra votos para Paulinho Freire, mas nega que a prática seja assédio eleitoral:

O período eleitoral começou, todos vocês são competentes para estar onde está. Eu sei que aqui tem pessoas que foram nomeadas e estão aqui desde o tempo de Carlos Eduardo, isso para mim não é um problema, é do tempo de outros diretores, mas o fato é que a minha permanência, a de vocês e de todos aqueles que são terceirizados e comissionados da Prefeitura vai depender da gestão, desse pedaço que tem, que esse gestor está, e quem ele vai apoiar, certo? Isso daqui não é assédio moral, não é assédio político. A gente tem que ter ciência do que está fazendo porque se alguém tiver posicionamento diferente, me avise. Vai ter que colocar o cargo à disposição porque senão vai sobrar pra mim. Se eu não consigo liderar, se eu não consigo coordenar quem trabalha comigo, então eu não tô lá para desempenhar essa função, tá certo?“, discursa Victor Diógenes.

O áudio foi registrado durante uma reunião dentro da Arsban, durante o horário de expediente, no dia 9 de agosto. O denunciante que fez a gravação e falou com a Agência SAIBA MAIS por telefone foi demitido porque não participava dos comícios e reuniões para os quais os terceirizados e comissionados eram convocados a comparecer.

“Eu gravei porque não achei isso certo. Esse tipo de coisa já havia ocorrido uma reunião antes, quando fomos chamados para o lançamento da chapa de Paulinho Freire. Era um sábado, estava fora do meu horário de expediente, não vi sentido em participar daquilo. Depois teve outra reunião e expliquei que não poderia ir porque tinha outros compromissos. No dia 20 de agosto ele [o diretor da Arsban]questionou porque eu não estava fazendo como os demais comissionados, que davam seus pulos para ir aos encontros e afirmou que eu tinha que ir ou seria demitido. Foi curto e grosso“, revelou nossa fonte, que será mantida em anonimato.

O funcionário foi demitido em 8 de outubro e continua desempregado até agora. No dia da demissão, ele recebeu uma ligação da firma à qual prestava serviço e quando chegou ao local, sua demissão já havia sido encaminhada pela direção da Arsban. 

Nossa fonte acredita que os dirigentes políticos possuem uma espécie de “lista de chamada” na qual constam os nomes de todos os cargos comissionados e terceirizados que seriam obrigados a comparecer aos eventos sob ameaça de demissão.

O agora ex-diretor da Arsban, Victor Diógenes, é cunhado do atual prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos), que escolheu apoiar Paulinho Freire como seu sucessor, escolhendo, inclusive, como vice na chapa uma de suas ex-secretárias, Joanna Guerra.

O MPT informou que já abriu notícia de fato e enviou notificação para a Arsban apresentar a documentação solicitada. Além disso, todos os procedimentos relacionados à assédio eleitoral também foram comunicados à Procuradoria Regional Eleitoral e ao Ministério Público Estadual.

Paulinho Freire disputa o segundo turno das eleições em Natal contra Natália Bonavides (PT).

Fonte: Agência SAIBA MAIS junto ao MPT


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