Secretárias de Saúde e Assistência Social de Brejinho, Arês, Frutuoso Gomes são afastadas de seus cargos.

 


Justiça afastou das funções quatro secretários municipais de Saúde e de Assistência Social investigados por participação em um suposto esquema fraudulento que alterava a fila por exames e consultadas no sistema público de saúde do Rio Grande do Norte. Uma ex-secretária investigada também foi proibida de ser contratada pelo poder público ou ter nomeação em cargo de confiança. A Operação 'Fura-fila' foi deflagrada pelo Ministério Público do Estado nesta terça-feira (20).

Segundo o MP, somente uma gestora teria trocado mais de 8 mil mensagens, entre julho de 2017 e outubro de 2018, com o vereador de Parnamirim, Diogo Rodrigues (PSD) - suspeito de comandar fraudes. Ele, a companheira e outro suspeito foram presos nesta terça-feira (20). O deputado estadual Souza também é investigado e teve um mandado de busca e apreensão cumprido na sua casa, segundo o MP.

De acordo com o MP, os secretários mantinham ligação direta com Diogo Rodrigues. Por esse motivo, a Justiça determinou o afastamento e a proibição de ocupar cargo comissionado ou de ser contratado temporariamente pelo Poder Público pelo prazo de seis meses. Os secretários investigados são:

  • Gleycy da Silva Pessoa, secretária de Saúde de Brejinho
  • Maria Madalena Paulo Torres, secretária de Saúde de Frutuoso Gomes
  • Alberto de Carvalho Araújo Neto, secretário de Saúde de Arês
  • Anna Cely de Carvalho Bezerra, secretária de Assistência Social de Brejinho
  • Eliege da Silva Oliveira, ex-secretária de Saúde de Ielmo Marinho

Em nota, a prefeitura de Brejinho informou que cumpriu a decisão judicial prolatada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, exonerando duas de suas servidoras. "Nos colocamos à disposição do Órgão ministerial e da justiça para prestar toda e qualquer informação que venha contribuir com as investigações".

G1 não conseguiu contato com as defesas dos secretários até última atualização desta matéria. Já o advogado do vereador Diogo Rodrigues, Cristiano Barros, afirmou que ainda não teve acesso aos autos e que a defesa só deverá se manifestar quando tiver as informações.

"Mas posso antecipar que Diogo Rodrigues afastou-se completamente de qualquer função pública ligada à regulação de Parnamirim no inicio de 2020 e assim, desde então, não tinha mais qualquer ingerência sobre o setor", afirmou.

De acordo com o MP, os gestores pagavam Diogo Rodrigues ilicitamente, através de contratos com laranjas do grupo, principalmente familiares do vereador suspeito.

As investigações do MPRN foram iniciadas em 2019, após denúncias de servidores da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Segundo a corporação, a investigação descobriu que desde 2017 uma suposta organização criminosa inseria dados falsos e alterava informações no Sistema Integrado de Gerenciamento de Usuários do SUS (SIGUS) - sistema informatizado utilizado pela Sesap e por alguns municípios do Estado para regular a oferta, autorização, agendamento e controle de procedimentos ofertados pelo SUS.

Fonte: G1RN

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