Joelma revela que foi espancada brutalmente por Ximbinha: “Me arrastou pelos cabelos”
A
cantora Joelma fez graves revelações sobre Ximbinha, seu ex-marido, em
entrevista à revista Marie Claire. Segundo ela, nos bastidores da banda
Calypso, ela era vítima do guitarrista, quando estava sob efeito de álcool.
Apesar de nos palcos parecer feliz e animada, só ela sabe o que passava às
escondidas.
“Ele
reclamava que profissionalmente me respeitavam mais do que ele. Isso o deixava
irado. Sentiria muita vergonha se vissem meu rosto coberto por hematomas“,
lamenta a artista, que ficou três dias trancada no quarto de um hotel após a
primeira agressão, logo no início dos anos 2000.
Eles
foram casados durante dezoito anos e o comportamento abusivo veio depois de
alguns meses juntos, segundo Joelma. “Ele prometeu que nunca mais faria aquilo.
Que se eu desse uma chance, provaria. Era o que ele sempre dizia: que não
repetiria a agressão. Parecia mesmo arrependido. Acreditei“, relata.
No
entanto, ela voltou a ser agredida dois anos depois: “Naquela tarde ele já
estava bebendo havia uns dois dias, virado. Pedi pra alguém avisar que estava
passando do limite. E essa pessoa foi chamá-lo. Estávamos numa casa em Recife,
que tinha um segundo andar com uma varanda sem proteção, e lá embaixo havia um
muro com umas armações de ferro. Ele veio transtornado porque eu tinha mandado
chamá-lo e começou a bater a própria cabeça na parede“.
“As
pessoas escutaram e pensaram que ele estava batendo a minha cabeça na parede.
Uma pessoa dizia pra outra: ‘poxa, eu queria ir lá, mas estou com medo’. Até
que um cantor da banda foi. Quando ele chegou, [Ximbinha] pegou o meu cabelo,
saiu me arrastando e ia me jogar lá embaixo, nos ferros. O cantor o impediu.
Não sei o que aconteceria comigo. Se perderia minha vida, se ficaria aleijada”,
contou ela.
“Descobri
que ele estava havia quase três anos com outra mulher. E que nesse mesmo tempo,
desviava dinheiro da nossa empresa. E, apesar dos episódios de agressão
anteriores, eu não sentia desconfianças ou ciúmes, não era do tipo que olhava o
celular do marido. Sabia a senha e não olhava. Então um dia mandaram uma
mensagem pra mim: ‘Quer saber a verdade? Olha o celular dele’. E realmente,
quando peguei o celular descobri que me traía. A partir daí, parei de sorrir.
Decidi na hora que me separaria“, revela.
Em
um dos episódios, seu filho Yago, que estava com 20 anos, jogou o próprio pai
no chão para sair em defesa da mãe: “Graças a Deus que meu filho não fez nada
com ele. Mas o menino ficou traumatizado com a cena, porque gostava muito do
pai [adotivo, Ximbinha]. Quando vi meu filho naquele estado, eu disse ‘não,
acabou‘”.
“Meu
medo era continuar naquele casamento. E, graças a esses históricos de agressão,
consegui uma medida protetiva, uma distância mínima de cem metros”, disse ela,
que após o fim da medida, a pediu novamente: “Eu disse: ‘Olha, não confio’.
Entrei com outro pedido. Estou aguardando agora”.
“A
Natalia, minha filha mais velha, também pediu a medida. Passei a temer pelos
meus filhos. Pelas consequências que eles podiam ter por assistir à violência.
Já estava cansada também e a história da traição foi como a última gota. A
verdade é que chegou um ponto em que a violência que vivia me deixou como um
zumbi. Era visível que eu não era mais a mesma“, conta.
Por
fim, ela explica que a relação de Ximbinha parecia ser mais profissional, pelo
dinheiro: “Eram muitos shows, quase todo dia. O objetivo dele parecia mais
financeiro do que familiar“.
“Esse
foi o segundo perdão mais difícil da minha vida. Fiquei três noites em claro,
chorando de joelhos, pedindo pra Deus tirar o ódio de dentro de mim, que era
muito forte. Não foi fácil. Não consegui logo. Mas quando consegui, foi como se
tivesse me voltado o ar”, lamenta ela na entrevista, que foi a primeira com
detalhes do ocorrido ao longo desses anos.
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