Fim de uma era: O Rio Grande do Norte derrota Garibaldi e José Agripino
Garibaldi Alves Filho (PMDB) é senador há
dois mandatos, 16 anos de Senado portanto, tendo anteriormente governado o Rio
Grande do Norte. Seu colega de senado José Agripino Maia (DEM) é
senador em terceiro mandato, há 24 anos portanto, também tendo sido governador
do Estado. Ambos não sabem o que é ficar sem um mandato há décadas.
Pois
na noite do domingo, 7 de outubro de 2018, ambos experimentaram a derrota em
suas ambições. Garibaldi perdeu a vaga para o Senado para o “ousider” Capitão
Styvenson Valentim, capitão PM que se notabilizou pelo combate a motoristas
alcoolizados na Operação Lei Seca e para a deputada federal Zenaide Maia, que
faz bom mandato e ganhou notoriedade ao se posicionar contra o impeachment
de Dilma Rousseff. Garibaldi teve 376.190 votos (12,93%), ficando atrás
até mesmo de Geraldo Melo, o terceiro mais votado.
Agripino,
que já havia desistido de tentar o Senado com medo de não se reeleger, não
conseguiu nem mesmo para a Câmara Federal, onde tentava, sacrificando a
candidatura do filho Felipe Maia (DEM) deputado federal até dezembro.
Agripino ficou na segunda suplência de Walter Alves, atrás de Beto Rosado,
primeiro suplente.
Será
a primeira composição do Senado sem um membro da família Alves em duas décadas.
Como pela primeira vez em 3o anos a família Maia não terá um representante no
Senado ou Câmara (registrando que Zenaide Maia, apesar do sobrenome não faz
parte politicamente da família Maia, que teve como patriarca Tarcisio Maia).
Com
problemas de saúde, Garibaldi deverá se afastar da vida pública e ajudar no
mandato do filho Walter Alves, reeleito, mas sem a tranquilidade que esperava.
Já Agripino dificilmente deverá tentar algo politicamente em 2020, com vaga
possibilidade de tentar novamente a Câmara Federal em 2022. Deverá juntar os
cacos do DEM estadual e sem foro privilegiado, aguardar o resultados dos
processos em que é réu no STF.
Fim
de um era na política potiguar. A partir de 2019 a história política do Rio
Grande do Norte começa a ser escrita em capítulos sem Alves e Maia como
protagonistas no Congresso.
Texto:
Cefas Carvalho
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