No RN, ex-deputado Gilson Moura é condenado a 30 anos de prisão
O
ex-deputado estadual Gilson Moura foi condenado a 30 anos, 2 meses e 28 dias de
prisão pelos crimes de corrupção passiva e peculato. A condenação faz parte da
operação Pecado Capital, que que desbaratou um esquema de corrupção no
Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (Ipem/RN). Outras 14
pessoas também foram condenadas na ação pelo juiz federal Walter Nunes.
Gilson
Moura informou que vai recorrer da decisão.
Além
dele, outras 14 pessoas foram condenadas no processo. Dispensa indevida de
licitação, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro foram os crimes
reunidos em 22 processos sentenciados pelo magistrado e que resultou na
condenação de 15 pessoas. No total, os réus, além das penas de reclusão,
pagarão uma multa de R$ 6.825.100,00. O ex-deputado Gilson Moura terá que pagar
R$ 1,6 milhao de multa.
“Conforme
descritos em cada uma das denúncias oferecidas, ora reunidas aos autos deste
processo, os eventos criminosos foram praticados contra a administração pública
pelos integrantes do esquema criminoso, idealizado e gerenciado por Rychardson
de Macedo Bernardo, que, para satisfazer os seus propósitos ilícitos, reuniu-se
com os outros acusados, na realização da empreitada criminosa, no objetivo de
desviar e apropriar-se dos valores e recursos do Ipem/RN, os quais lhes foram
transferidos pelo Inmetro, para fins de realização de serviços comuns e em decorrência
de convênios chancelados entre essas duas entidades jurídicas”, destacou o juiz
federal Walter Nunes.
Na
sentença o magistrado ressaltou que o esquema de desvios de recursos do IPEM
ocorria de várias formas com pagamentos de empresas diversas, faturamento de
mercadorias sem efetivamente serem entregues, faturamento de serviços
inexistentes e ainda contratação por serviços que, na verdade, eram prestados à
campanha de Gilson Moura para prefeito de Parnamirim, sendo alguns pagos com a
inclusão, em folha, de pessoas ligadas a essas empresas.
Rychardson
de Macedo Bernardo foi condenado a 28 anos, 11 meses e 11 dias de prisão pelos
crimes de corrupção passiva e peculato; e 12 anos, 1 mês e 4 dias de detenção
pelo crime de dispensa indevida de licitação. No entanto, como fez acordo de
delação premiada, ele recebeu o perdão judicial nesse processo específico.
Fonte: G1-RN