Governador diz que pretende desativar Alcaçuz ainda este ano
O
governador do Rio Grande do Norte, Robinson
Faria, afirmou nesta quarta-feira (25) que pretende desativar a
Penitenciária de Alcaçuz ainda este ano. Segundo ele, a construção de três
novos presídios permitirá a transferência dos presos da unidade, palco de um
massacre que deixou 26 mortos e de rebeliões que duraram mais de uma semana.
"A
construção de Alcaçuz naquele local foi um grande equívoco, porque é uma área
de geografia turística", afirmou Faria. Segundo o governador, os três
presídios serão feitos de forma modular, para adiantar a entrega.
Ele
afirmou ainda que serão tomadas apenas medidas mínimas necessárias para manter
Alcaçuz enquanto são concluídas as obras dos demais presídios e que não será
investido mais dinheiro na penitenciária.
A
parede de contêineres colocada para separar os presos e a construção de um muro
para substituí-la custarão
R$ 794 mil ao estado.
O
governador também justificou a demora de onze dias para intervir no presídio.
Segundo ele, a imagem dos presos nos telhados prejudicou o turismo, mas a
espera foi uma estratégia adotada pelo governo, pois se invadissem sem
planejamento, poderia haver mortes de policiais ou agentes.
Fugas
As Secretaria de Justiça e Cidadania e de Segurança do Rio Grande do Norte divulgaram nesta quarta que pelo menos 56 presos fugiram da penitenciária desde a rebelião do sábado (14). Quatro deles já foram recapturados.
As Secretaria de Justiça e Cidadania e de Segurança do Rio Grande do Norte divulgaram nesta quarta que pelo menos 56 presos fugiram da penitenciária desde a rebelião do sábado (14). Quatro deles já foram recapturados.
O número
foi divulgado após uma recontagem dos presos na operação de intervenção e retomada do controle da penitenciária realizada
nesta terça (25) com participação de policiais militares do Batalhão de
Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque (BPChoque) e de
agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais (GOE).
Segundo
as secretarias, o número de fugas pode ser maior, já que alguns presos não
responderam à chamada realizada nesta terça e podem estar ausentes do presídio
em razão de alvarás de soltura. A Sejuc ainda vai cruzar os dados para
confirmar as informações.
Além
dos foragidos, dez presos estão em hospitais. O Instituto Técnico-Científico de
Polícia (Itep) também confirmou a morte de 26 presos nas rebeliões.
Segundo
o Itep, a expectativa é que não sejam encontrados mais corpos de presos mortos
na penitenciária.