População de Nova Cruz dá adeus ao jogador Gil
O
corpo do volante potiguar Gil, um
dos 71 mortos no trágico acidente aéreo com a delegação da Chapecoense, que
aconteceu na madrugada da última terça-feira (29), a caminho de Medellín, na
Colômbia, chegou a cidade de Nova Cruz/RN por volta das 17h deste
domingo. A cidade fica a 93 Km de Natal, conta com 40 mil habitantes e é a
terra dos pais e de parte da família do ex-jogador. Milhares de pessoas se
reuniram no ginásio Giovanna de Azevedo Targino, para se despedir do
jogador.
José Gildeixon Clemente de Paiva, conhecido
por “Gil” tinha 29 anos e deixa mulher e duas filhas, de cinco e três anos. Moradores
penduraram lenços pretos nas casas em sinal de luto, e muitos carregavam fotos
do jogador.
No
corpo de Geraldo Madureira, irmão de Gil e ex-jogador, a camisa do Chapecoense
é exibida com orgulho: “Eu estou para ver um homem igual a ele, não existe.
Ele é um exemplo, só fica a saudade”, conta. Geraldo se emociona ao falar dos
pais, de como receberam a notícia. “A maior dor da minha mãe foi não ter
falado com ele a última vez que ligou, não ter dado a benção ao meu irmão, ela
está inconsolável”, se emociona.
Ao
chegar em Nova Cruz, o corpo seguiu para a casa dos pais do volante, conhecidos
na cidade como Dona Nina e Seu Geraldo.
O
cortejo percorreu ruas da cidade, com muitos carros, motos e acompanhantes a
pé. Ao chegar ao ginásio, foi recebido com uma salva de palmas. Segundo a
Polícia Militar, três mil pessoas estiveram presentes. Entre elas, o Sr.
Fernandes, que esperava desde 12h para dar o último adeus ao amigo de infância
do filho.
Ao
longo da tarde, torcedores, amigos e fãs chegaram em romaria para prestar suas
homenagens. Muitos vestiam camisas do time do jogador, outros, apenas camisas
verdes, o importante a lembrança. José
Gildeixon Clemente de Paiva começou a carreira em 2006, no Mogi
Mirim.
O
volante acumulou passagens pelo Guaratinguetá, Vitória, Santo André, Ponte
Preta, Curitiba e estava na Chapecoense
desde 2015. Conquistou dois títulos estaduais: em 2013, o Paranense pelo Curitiba;
e esse ano, o Catarinense, pela Chapecoense.
Fonte: Thaisa Galvão