Movimento do mês de Abril anti-Dilma é menor em todo País.
Manifestantes fizeram
protestos contra o governo de Dilma
Rousseff e contra a corrupção em
mais de 200 cidades em 24 estados e no Distrito Federal neste domingo (12).
Os números de manifestantes – 700
mil, segundo a polícia, ou 1,5 milhão,
segundo os organizadores – foram menores do que nos atos de 15 de março.
Há pouco mais de um mês, 2,4
milhões de pessoas, segundo a polícia, ou 3 milhões,
segundo os organizadores, protestaram em 252 cidades de todos os estados do
país e no DF.
Em São Paulo, o co-fundador do Movimento Brasil Livre,
Kim Kataguiri, comentou a baixa nas estimativas de público: "Ainda que
tenha tido menos pessoas, para a gente, é mais importante fazer protestos
localizados do que reunir todo mundo em um só lugar".
As palavras de ordem de
hoje foram as mesmas do último grande protesto: contra a corrupção, o governo e
o PT. Mas desta vez todos os principais movimentos, entre eles o Vem Pra Rua,
pediram a saída da presidente Dilma Rousseff. Em 15 de março, nem todos falavam
em impeachment.
Veja como foram os protestos em cada estado:
ACRE
PARTICIPANTES: 250, segundo a polícia; 400, segundo os
organizadores.
(ATO DE 15/3: 5 mil, segundo a polícia e
os organizadores.)
COMO FOI: A concentração ocorreu a
partir das 14h (16h horário de Brasília) em frente ao
Palácio Rio Branco, em Rio Branco. Depois de percorrer as principais ruas do
Centro, os manifestantes voltaram para frente do Palácio e cantaram o hino
nacional. O ato terminou às 17h10.
AMAZONAS
PARTICIPANTES: 900, segundo a polícia e os
organizadores.
(ATO EM 15/3: 13 mil, segundo a polícia; 150 mil,
segundo organizadores.)
COMO FOI: A concentração começou por
volta das 10h30, na Praça do Congresso, em Manaus. Uma caminhada
teve início cerca de uma hora depois. Segundo a organização do momento, a chuva
que atingiu a capital no início do dia pode ter influenciado na baixa adesão ao
movimento na capital. Cerca de 340 policiais acompanharam o deslocamento dos
manifestantes, que foi encerrado às 14h20.
BAHIA
(ATO EM 15/3: 11 mil, segundo a polícia; 23 mil, segundo
organizadores.)
COMO FOI: As pessoas se reuniram no Farol da Barra, em
Salvador, às 9h. Com a chegada de um novo grupo, que saiu do Porto da Barra,
foi iniciada uma caminhada em direção ao Cristo, onde o protesto
chegou pouco antes das 12h, sob chuva.
O ato reuniu entidades como o Sindicato dos Médicos da Bahia, Associação dos Delegados da Polícia
Federal, Associação dos Profissionais dos Correios, entre outras.
Um dos principais opositores do governo do Congresso
Nacional, o deputado federal Antônio Imbassahy, do PSDB, participou da
manifestação. "Como o governo não toma nenhuma atitude contra a corrupção,
essa é a forma que o povo tem de reagir", disse.
CEARÁ
PARTICIPANTES: 25 mil, segundo a polícia e 35 mil,
segundo organizadores.
(ATO EM 15/3: 20 mil, segundo a polícia e os
organizadores.)
COMO FOI: Manifestantes se reuniram na
Praça Portugal, no Bairro Aldeota, na Zona Norte de Fortaleza.
Os primeiros participantes chegaram por volta das 14h e os discursos começaram
às 16 horas. Às 17 horas, os participantes iniciaram uma caminhada de cerca de
3 km até o Aterro da Praia de Iracema.
Com faixas e cartazes, os manifestantes pediram a saída
da presidente Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores. Também havia
frases pedindo o fim da corrupção e críticas à lei 4.330, que permite a
terceirização de qualquer atividade das empresas.
DISTRITO FEDERAL
PARTICIPANTES: 25 mil, segundo a polícia; 40 mil,
segundo organizadores.
(ATO DE 15/3: 45 mil, segundo a polícia; 80 mil, segundo
organizadores.)
COMO FOI: Manifestantes se reuniram na no Museu Nacional
da República às 9h30 e seguiram em caminhada. Por volta das
10h30, os cerca de 4 mil manifestantes que ocupavam a Esplanada naquele momento
começaram a se deslocar em direção ao Congresso Nacional.
Parte dos manifestantes pediu intervenção militar, o que
é ilegal e contra a Constituição. Quando houve discurso a favor da proposta em
um dos trios elétricos, manifestantes contrários à ideia vaiaram. O ato
terminou pouco depois das 13h.
Mais cedo, houve um princípio de confusão no momento em
que policiais tentaram retirar o cabo de PVC da bandeira de um manifestante. A
Polícia Militar faz cordões de revista ao longo da Esplanada.
De acordo com a PM, dois homens foram presos durante a
manifestação. Apenas um deles, no entanto, tinha relação direta com o ato: um
morador de rua que empurrou manifestantes na Rodoviária do Plano Piloto. O
outro foi um motociclista que iria participar do protesto, mas se envolveu em
uma briga de trânsito.
MINAS GERAIS
Capital
PARTICIPANTES: 6 mil, segundo a polícia; 8,5 mil, segundo organizadores.
PARTICIPANTES: 6 mil, segundo a polícia; 8,5 mil, segundo organizadores.
(ATO EM 15/3: 25 mil, segundo a polícia e os
organizadores.)
COMO FOI: A concentração começou por volta das 9h na
Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul. O ato
percorreu ruas do centro da capital até a Praça da Estação. A manifestação
aconteceu de forma pacífica e foi encerrada às 14h20. Mais cedo, os
participantes fizeram um apitaço em torno do coreto. Um dos cartazes na Praça
da Liberdade pediu intervenção militar.
Vários movimentos sociais participaram da organização do
protesto, entre eles o Vem Pra Rua, o Brava Gente, Pró-Brasil, Basta Brasil e o
Grupo Vergonha.
Interior
Foram registrados atos em Governador Valadares, Montes Claros, Uberlândia, Uberaba, Ipatinga, Divinópolis, Juiz de Fora, Araxá, Santa Rita de Sapucaí, São Sebastião, Teófilo Otoni, Pouso Alegre, Varginha, Coronel Fabriciano, Timóteo e Poços de Caldas. Um dos maiores foi em Uberlândia, com 6 mil participantes, segundo a polícia, e 10 mil, segundo organizadores.
Foram registrados atos em Governador Valadares, Montes Claros, Uberlândia, Uberaba, Ipatinga, Divinópolis, Juiz de Fora, Araxá, Santa Rita de Sapucaí, São Sebastião, Teófilo Otoni, Pouso Alegre, Varginha, Coronel Fabriciano, Timóteo e Poços de Caldas. Um dos maiores foi em Uberlândia, com 6 mil participantes, segundo a polícia, e 10 mil, segundo organizadores.
RIO DE JANEIRO
PARTICIPANTES: 10 mil, segundo a polícia; entre 20 mil e
25 mil, segundo os organizadores.
(ATO EM 15/3: 100 mil, segundo organizadores.)
COMO FOI: Manifestantes carregam faixas contra a
corrupção na Praia
de Copacabana. Eles marcham em direção à Praia do Leme, ocupando
a pista junto à praia, que já é fechada aos domingos para lazer. Por volta das
12h30, a pista dos prédios também foi parcialmente fechada ao tráfego.
O ato, convocado por redes sociais, foi pacífico e teve
apenas um tumulto, quando um homem que provocava os manifestantes com um
megafone foi hostilizado e levado por PMs para a delegacia.
Interior
Foram registrados atos em Macaé, Volta Redonda, Barra Mansa, Petrópolis, Campos Goytacazes, Nova Friburgo e Resende. Um dos maiores foi em Volta Redonda, onde 300 pessoas participaram, segundo a PM, e 2,5 mil, segundo os organizadores.
Foram registrados atos em Macaé, Volta Redonda, Barra Mansa, Petrópolis, Campos Goytacazes, Nova Friburgo e Resende. Um dos maiores foi em Volta Redonda, onde 300 pessoas participaram, segundo a PM, e 2,5 mil, segundo os organizadores.
SÃO PAULO
Capital
PARTICIPANTES: 275 mil, segundo a polícia; 800 mil, segundo os organizadores; 100 mil, segundo o Instituto Datafolha.
PARTICIPANTES: 275 mil, segundo a polícia; 800 mil, segundo os organizadores; 100 mil, segundo o Instituto Datafolha.
(ATO EM 15/3: 1 milhão, segundo a polícia e os
organizadores.)
COMO FOI: A manifestação em São Paulocomeçou
por volta das 12h, quando motociclistas entraram na Avenida Paulista com
bandeiras brasileiras e cartazes pedindo o impeachment da presidente e o fim do
Partido dos Trabalhadores. Pouco depois, caminhoneiros com faixas “Fora, Dilma”
percorreram as marginais dos rios Pinheiro e Tietê ao som de suas buzinas.
Mais tarde, às 14h, a concentração de pessoas aumentou
em frente ao Museu de Arte Assis Chateaubriand, o Masp. Líderes do movimento
"Vem Pra Rua" discursaram em carro de som, acompanhados de aplausos e
músicas como "Que país é esse", da Legião Urbana.
Assim como no dia 15 de março, crianças tiraram fotos
com policiais militares, pets acompanharam seus donos e vestiram a bandeira do
Brasil. Apesar de uma mulher ter sido detida por ter protestado sem roupa, o
ato transcorreu sem incidentes e foi acompanhado por 1.800 policiais militares.
O protesto foi encerrado às 18h15.
RIO GRANDE DO NORTE
PARTICIPANTES: 5 mil, segundo a polícia; 7 mil, segundo
os organizadores.
(ATO EM 15/3: 12 mil, segundo a polícia; 40 mil, segundo
os organizadores.)
COMO FOI: O protesto começou às 16h30,
com concentração no Tirol, zona Sul de Natal. Com faixas e cartazes, os
manifestantes criticaram a gestão petista na administração federal. Em meio ao
ato público, algumas pessoas pediram o impeachment de Dilma. Outras chegaram a
defender uma intervenção militar para destituir o governo do PT.
Por volta das 17h, os manifestantes deixaram o local de
concentração e seguiram em direção à avenida Amintas Barros, também na zona
Sul. O protesto em Natal foi encerrado por volta das 18h
RIO GRANDE DO SUL
Capital
PARTICIPANTES: 35 mil, segundo a polícia; entre 35 mil e 40 mil, segundo organizadores.
PARTICIPANTES: 35 mil, segundo a polícia; entre 35 mil e 40 mil, segundo organizadores.
(ATO EM 15/3: 100 mil, segundo a polícia; 120 mil,
segundo os organizadores.)
COMO FOI: Com faixas e vestindo verde e amarelo,
manifestantes fizeram uma caminhada
pelas ruas de Porto Alegre e
encerraram o ato por volta das 18h, no Parcão.
Com dois carros de som, os organizadores discursaram e
pediram que ninguém participasse do protesto que pede intervenção
militar. "Não sigam esses golpistas", diz o porta-voz, que puxa
o grito de "democracia".
Mais cedo, um grupo pró-Dilma fez um coxinhaço em Porto
Alegre. Participaram 20 pessoas, segundo a polícia; e 200, segundo
organizadores.
Interior
Houve manifestações em cidades do interior: Campo Bom, Erechim, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Santa Maria, Rio Grande, Uruguaiana, Bento Gonçalves, Santa Cruz do Sul, Pelotas e Bagé. Em Caxias do Sul, na Serra, cerca de 4,5 mil pessoas se reuniram na Praça Dante Alighieri, segundo a Brigada Militar e a organização do evento.
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