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EXCLUSIVO: TENENTE JEAN LIMA APRESENTA RELATÓRIO ANUAL DOS ÍNDICES DE VIOLÊNCIA EM MONTE ALEGRE, CONFIRA!



Monte Alegrenses,

                        Eu estive no cargo de Comandante do Pelotão da Polícia Militar em Monte Alegre de outubro de 2015 até fevereiro de 2017, depois de agosto de 2017 até hoje, é fato notório que, todos os anos, eu solicito pessoalmente, ao Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, uma audiência pública para apresentar o conteúdo do relatório anual de estatísticas das ocorrências policiais no município e seus comparativos em relação aos anos anteriores a partir de dados do COINE (Coordenadoria de Informações, Estatísticas e Análises Criminais), fazer um retrospecto das ações policiais, bem como ouvir na Casa do Povo, a população e seus representantes; para juntos buscarmos soluções para a problemática da criminalidade porque Segurança Pública é dever do estado, mas é responsabilidade de todos.
                        Reconheço a importância das mídias sociais, inclusive da Campanha Monte Alegre pede Paz como instrumento de mobilização social, mas a Polícia Militar planeja suas ações policiais através do registro das ocorrências policiais pelo COPOM (Centro de Operações Policiais Militares) através do telefone 190 (um, nove e zero).
                        No papel de Comandante do Pelotão, eu tenho que trabalhar com fontes seguras e confiáveis de informação que são os registros de ocorrência policiais no COPOM para então, planejar minhas ações através dos relatórios do COINE, pois é fato notório que as redes sociais como o whatsApp, podem ser fábricas para divulgação de fake news (falsas notícias) ou terreno fértil para disseminar notícias tendenciosas distorcendo a realidade dos fatos.                    Por isso, seria achismo quiçá amadorismo da minha parte, planejar a partir do WhatsApp o policiamento de uma cidade da região metropolitana de Natal, com mais de vinte e dois mil habitantes distribuídos entre a sede do município e seus distritos da área rural.
                        Proporcionar a sensação de segurança é algo de muita responsabilidade, pois confiança é algo que se constrói com ações e não com palavras, e credibilidade vem de um trabalho sério, feito de forma técnica através de ferramentas tecnológicas e científicas para mapear a criminalidade como um fenômeno social e não a partir de mensagens em grupo de WhatsApp ou publicações nas redes sociais.
                        É fato que Monte Alegre é uma das cidades mais seguras da região metropolitana de Natal e tem o terceiro menor índice de homicídio da grande Natal. Como acompanho a estatística criminal do município, eu lhes asseguro que fevereiro de 2017 até fevereiro de 2018 houve uma diminuição da criminalidade e uma estabilidade no número de ocorrências policiais, inclusive Monte Alegre tem o menor número de ocorrências policiais quando comparado proporcionalmente, com municípios vizinhos da grande Natal. Segundo outra fonte agora o OBVIO RN o município de Monte Alegre também não aparece na lista das cidades mais violentas do estado do Rio Grande do Norte.
                        Mas, por trabalharmos com algo intangível, porém é perceptível a diminuição da sensação de segurança.
                        E por que não temos mais a sensação de segurança de outrora?  
                        Porque no Brasil, os tempos são outros e o país há muito mudou, e para pior no tocante as causas da criminalidade que são crise de autoridade familiar, religiosa e escolar, o que culminou na dissolução da família, a desconstrução do modelo de educação tradicional, a falta de religiosidade como mais um freio moral pelo temor do sobrenatural e a inversão de valores morais pelas mídias sociais, além do que devemos aceitar a premissa que o crime existe, existiu e sempre existirá, pois é um fenômeno social.  
                        Ainda que seja correto afirmar que não se inventou até hoje, nenhuma outra fórmula que seja mais eficaz na produção de sensação de segurança que o policiamento preventivo, ostensivo, contínuo e fardado através da presença da Polícia Militar nas ruas, é preciso considerar demais fatores que envolvem o fato criminoso, pois que os reflexos que ele gera, são muito complexos e carecem de um estudo mais aprofundado na busca de soluções e não apenas, um emoticon, um meme ou uma comentário em rede social tão pouco procurar um entre aspas bode expiatório ou um salvador da pátria.
                        Quando falamos: “mais policiais nas ruas” leva a ideia de que havendo a presença física de policiais em um determinado local, ali não ocorreria o crime. Isso é um argumento falacioso, digo até que é um ingênuo engano.
                        Essa afirmação até podia ter seu argumento de valor em outras épocas, onde a polícia era respeitada (porque não dizer temida) e bastava a presença de um único policial na rua que estava garantida a segurança das pessoas naquele lugar.
                        Em 2018, claro que a presença da Polícia Militar nas ruas continua sendo necessária e concordo que deve ser intensificada e sempre aprimorada a forma de policiamento de acordo com a evolução da sociedade e acompanhando as tendências criminais no município, mas somente isso não resolve a questão da sensação de insegurança em Monte Alegre.
                        Uma vez que a prevenção do crime não é garantida na sua totalidade devido a limitações operativas e legais, pois nosso ciclo de Polícia no Brasil é incompleto. Então, na doutrina de ciclo completo de Polícia do nosso país, é necessário que outra Polícia atue na repressão, identificando o autor, para que o delito por ele praticado sofra punição adequada. Deixar de fazer isso, contribui para a sensação de impunidade e por consequência, aumenta os números de práticas criminosas no município. A certeza da impunidade gera cada vez mais crimes e o papel da Polícia Militar é digamos de entre aspas enxugar gelo.
                        É evidente que não estamos nos eximindo das nossas responsabilidades, ou incentivando digamos assim, a caça às bruxas, mas também não posso assumir mea máxima culpa porque isso, vai além até mesmo de dividir competências constitucionais. Na verdade, Segurança Pública é um direito de todos, mas responsabilidade de todos e não apenas, da Presidência da República, do Governo dos Estados e Prefeituras do municípios. Sugiro ao leitor uma reflexão ao procurar responder duas simples perguntas:
                        O que você está fazendo hoje, para melhorar a sua própria segurança?
                  O que você está fazendo hoje, para não ser mais uma vítima da criminalidade?
                        O que você está fazendo hoje, para melhorar as condições de trabalho da Polícia na sua cidade?           
                        Por fim, ao mesmo tempo que o cidadão de bem continuar sentado de braços cruzados apenas reclamando enquanto o criminoso continuar ousado o suficiente para burlar a prevenção do crime, praticando-o de forma corriqueira, com a certeza da impunidade do seu ato, podemos até fazer publicidade da sensação de segurança através de ações policiais, mas certamente, isso não garantirá efetivamente, que estaremos seguros.

            Jean Lima Carvalho também um cidadão monte alegrense

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