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GOE busca túneis nos pavilhões 2 e 3 de Alcaçuz; vídeo mostra revista

Revista foi feita nos pavilhões 2 e 3 de Alcaçuz, maior unidade prisional do RN (Foto: Divulgação/Sejuc)

Agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais (GOE), unidade de elite da Secretaria de Justiça e da Cidadania do Rio Grande do Norte, realizaram uma revista estrutural na manhã desta terça-feira (24) nos pavilhões 2 e 3 de Alcaçuz, maior presídio do estado. Segundo Ivo Freire, diretor da unidade, foi descoberto o início da escavação de um túnel e foram apreendidos alguns facões artesanais, feitos com os ferros das grades das celas. Imagens gravadas pelos agentes mostram a atuação dos agentes.

“Fizemos uma revista estrutural em busca de túneis. Nas revistas minuciosas, que não foi o caso, é que encontramos mais materiais, como aparelhos celulares e drogas”, explicou Ivo Freire.
Também nesta terça-feira, no CDP de Assu, na região Oeste, agentes que trabalham na unidade conseguiram impedir a entrada de 22 celulares, vários carregadores, quatro serras e 350 gramas de drogas.
Já no CDP do Potengi, na Zona Norte de Natal, agentes do Grupo Penitenciário de Operações com Cães (Gpoc) fizeram uma revista na noite desta segunda-feira (23) e apreenderam oito celulares e pequenas porções de drogas. 
Sistema em calamidade
O sistema penitenciário potiguar não passa por um bom momento. E faz tempo. Em março de 2015, após uma série de rebeliões em várias unidades prisionais, o governo decretou estado de calamidade pública e pediu ajuda à Força Nacional. Para a recuperação de 14 presídios, todos depredados durante os motins, foram gastos mais de R$ 7 milhões. No entanto, o sistema permanece em crise. Seis meses depois, o decreto de calamidade foi prorrogado por mais 180 dias e a permanência da Força Nacional também renovada.

Já no dia 17 de março deste ano, o governo do RN voltou a renovar o decreto de calamidade no sistema prisional prisional potiguar e mais uma vez pediu socorro à Força Nacional. A renovação da calamidade, por mais seis meses, foi assinada pelo governador Robinson Faria. O documento diz que a renovação tem por objetivo "legitimar a adoção e execução de medidas emergenciais que se mostrarem necessárias ao restabelecimento do seu normal funcionamento".


Além das unidades depredadas e da superlotação, as fugas também se tornaram um problema constante para o Estado. Somente este ano, 206 detentos já escaparam do sistema prisional potiguar. Alguns já foram recapturados, mas nem a Secretaria de Justiça (Sejuc) nem a Secretaria de Segurança Pública (Sesed) sabem precisar a quantidade de fugitivos que retornaram aos presídios. A média é de 11 fugitivos por semana.

Fugas em 2016
- Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta: 69 fugitivos em 11 fugas (19 e 21 de janeiro, 21 e 24 de fevereiro, 10 e 13 de março, 10, 16, 18 e 23 de abril e 2 de maio);
- Cadeia Pública de Natal, em Natal: 46 fugitivos em 1 fuga (12 de janeiro);
- Centro de Detenção Provisória da Ribeira, em Natal: 29 fugitivos em 4 fugas (12 de fevereiro, 7 de março, 25 de abril e 9 de maio);
- Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró: 24 fugitivos em 6 fugas (1º, 22, 29 e 30 de janeiro, 8 de março e 22 de abril);
- Cadeia Pública de Caraúbas, em Caraúbas: 11 fugitivos em 1 fuga (5 de março);
- Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta: 7 fugitivos em 1 fuga (27 de março);
- Cadeia Pública de Mossoró, em Mossoró: 6 fugitivos em 2 fugas (1º de março e 11 de abril);
- Centro de Detenção Provisória de Macau, em Macau: 4 fugitivos em 1 fuga (14 de janeiro);
- Centro de Detenção Provisória de Patu, em Patu: 4 fugitivos em 1 fuga (4 de abril);
- Centro de Detenção Provisória de Ceará-Mirim, em Ceará-Mirim: 2 fugitivos em 1 fuga (24 de janeiro);
- Centro de Detenção Provisória do Potengi, em Natal: 3 fugitivos em 2 fugas (17 de janeiro e 18 de maio);
- Centro de Detenção Provisória de Parnamirim, em Parnamirim: 1 fugitivo em 1 fuga (25 de março);
Total: 206 fugitivos

Fonte: G1-RN

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