O Brasil chorou a morte de Wanderley Alves dos Reis, o Wando, em 8 de fevereiro. O eterno romântico sofreu uma parada cardiorrespiratória após dias internado devido a problemas cardíacos. O cantor mineiro faleceu aos 66 anos, pegando a todos de surpresa. Entre o legado de Wando estão grandes clássicos da música popular brasileira, como “Fogo e Paixão” (Você é luz, é raio estrela e luar, manhã de sol, meu iaiá, meu ioiô…). Desejado por nove entre dez mulheres, Wando entrou para o livro dos recordes como o maior colecionador de calcinhas do mundo. As peças eram atiradas no palco pelas inúmeras fãs do cantor.
Cearense de nascença, carioca por opção, Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, o Chico Anysio, nos deixou em 23 de março, aos 80 anos, após uma incansável luta contra problemas cardiorrespiratórios, oriundos de uma inflamação na artéria coronariana. Chegou a ser internado por três vezes até a sua morte. Com a partida de Chico, o humor brasileiro perdeu a sua mais importante característica: o riso.
Uma das grandes atrizes brasileiras, Marly Bueno faleceu em 12 de abril aos 78 anos, devido uma infecção após uma cirurgia de emergência no intestino. A veterana atriz marcou época como personagens que até hoje povoam o imaginário popular, como Marta de “Mulheres Apaixonadas” (2003), Irmã Má de “Páginas da Vida” (2006) e, recentemente, Ainoã da minissérie “Rei Davi”.
A TV perdeu a sua gracinha. O público a sua mais admirada estrela. E a classe artística levou um baque com a morte de Hebe Camargo, sinônimo de vida. Rainha da TV brasileira, Hebe lutava contra um câncer na região do peritônio, membrana que reveste o aparelho digestivo, desde o final de 2010. Morreu em casa, em 29 de setembro, aos 83 anos, vítima de parada cardiorrespiratória em decorrência da doença que já afetara naquela altura outros órgãos. Hebe comemorava seu retorno ao SBT, casa que ficou por quase 25 anos, após passagem traumática pela RedeTV. Infelizmente quis o destino que Camargo partisse antes disso, mas com honras de uma estrela, com muitas reverências e homenagens. Deixará saudades.
Uma batalhadora, Regina Dourado lutava contra um câncer desde 2003. Em outubro, já em estado crítico, veio à notícia sobre a gravidade da doença. Morreu em 27 do mesmo mês aos 59 anos, em Salvador. Na TV, impossível não lembrar de Dourado em “Explode Coração”, de 1995, no papel de Lucineide, dona de um bordão sempre lembrado: “Stop Salgadinho!”.
Uma das mortes que mais chocaram foi a do ator e diretor Marcos Paulo, morto em 11 de novembro, vítima de embolia pulmonar. Marcos venceu uma dura batalha com um câncer no esôfago em 2011. Deixou quatro filhas, esposa, e um legado inexorável na TV e no cinema, onde já se preparava para lançar um novo filme.
Um dos seres humanos mais íntegros que se tem notícia, pai exemplar e jornalista com jota maiúsculo, Joelmir Beting fazia dos oscilantes índices da economia uma conversa olho no olho com seus telespectadores. Nos deixou em 29 de novembro aos 75 anos, com uma vitalidade e determinação de causar admiração.
O homem que projetou Brasília e diversas obras-primas no mundo partiu aos 104 anos, em 5 de dezembro, com vários projetos engatilhados. Trabalho poderia ser o sobrenome desse carioca que só elevou o nome do Brasil no exterior. Determinado, competente e ranzinza, Oscar Niemeyer deixa um legado que nem o tempo será capaz de corroê-lo.
Thelma Reston pegou a todos de surpresa com sua partida. Em 20 de dezembro, aos 73 anos, vítima de um câncer, a veterana saiu de cena. Entre os trabalhos mais marcantes de Thelma estão em tramas de Miguel Falabella, um dos seus grandes amigos: “Aquele Beijo” (2011), “Negócio da China” (2008) e “A Lua Me Disse” (2005). Participou ainda de “Gabriela” (1975), ”Paraíso” (1982), “Anjo Mau” (1996), “Bicho do Mato” (2006), entre outras.
Claudionor Viana Teles Velloso, a Dona Canô, escolheu uma data emblemática para partir. Aos 105 anos, a mãe dos cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia, faleceu no dia 25 de dezembro. Senhora sábia e de grande sensibilidade, Dona Canô sempre foi muito respeitada por autoridades e artistas, que sempre quando estavam próximos de lançar algum projeto lhe pediam a benção.
